" poema ao quadrado "
vais para a cidade para o emprego
e passas por muita gente anónima
vão cheias de pressa vão cheias de medo
vão adormecidas e hesitantes
para chegarem a um quadrado
pelo meio da cidade o tráfego
numa geometria claustrofóbica
onde toda a gente procura um espaço
na confusão de semáforos e alcatrão
pelo meio da cidade o desencanto
numa filosofia complexa
onde toda a gente é esmagada pela rotina
numa frustração de bocejos e solidão
regressas da cidade para casa
e muita gente passa por ti anónima
vão cheias de lamento vão cheias de nada
vão sonolentas e decididas
para chegarem a um quadrado
25 setembro 2009
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